Defendo a inclusão, pois precisamos sensibilizar e movimentar toda a sociedade, mostrando que a diversidade é importante. A inclusão permite a construção de uma sociedade mais solidária, mais sensível com as dificuldades alheias. Quando falamos da inclusão como uma via de mão dupla, acredito que o maior ganho seja o nosso em conviver com as pessoas com deficiência, aprendendo que a vida está além da aparência, que toda dificuldade pode ser superada quando deixamos o "pré-conceito" e permitimos que a inclusão inicie primeira dentro de nós.
Discutimos hoje a inclusão, porém trago este relato para falar de um outro lado da inclusão: não se trata apenas de oportunizar as pessoas com Síndrome de Down a possibilidade de aprenderem a ler. A inclusão permite o direito dessas crianças de correrem pelos pátios das escolas, dividirem seu lanche com outros colegas, repartir, juntar, perder, ganhar, participar das mesmas oportunidades das outras crianças e permitindo que essas crianças se sintam valorizadas e também cidadãs.
Eu participo de uma associação que tem trabalhado as questões de inclusão educacional e no trabalho de pessoas com necessidades especiais. A associação começou com um grupo de pais de crianças com Síndrome de Down e, aos poucos, fomos descobrindo que o problema da inclusão, ou melhor, o problema das muitas exclusões é muito maior do que o universo dessas pessoas. Vivemos num mundo em que vários são os motivos que levam à exclusão: pobreza, raça, cor, sexo. Chegamos a um ponto em que muitas situações chegam à beira do ridículo quando lemos reportagens em famosas revistas de negócios a respeito de critérios de contratação que excluem até aqueles que feios ou gordos.
Como pais de crianças especiais Defendemos os mesmos
ideais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário